11.6.09

what's the way of love?

1.6.09

Máquina de amor


O que há de errado com o mundo? Nós perdemos a capacidade de dar e receber afeto sem esperar nada em troca? Deixamos de exalar, pela simples necessidade de escoar amor? Fomos enfraquecidos por qual droga? Ou ainda somos tão primitivos que só conseguimos perceber o que se esconde sob o véu da libido? Ainda existe muito mais coisa entre a carne e o coração do que sonhamos.

Por que nos sentimos tão idiotas quando não somos retribuídos em nossos apelos amorosos? E por que corremos o risco de ficar mal visto quando manifestamos a festa que algumas pessoas provocam em nosso coração?

Eu devo ser, mesmo, meio Leila Diniz. Uma Leila Diniz com biquinis menos bregas ou, quem sabe, mais bregas. Devo ser mesmo, uma Leila Diniz, pois não caibo em nenhuma convenção a não ser as que eu mesmo crio.

Respeito (mas não admiro) os que se protegem da chuva a dois para não criar vínculos. Quem julga; quem vê segundas intenções até no vôo de um inseto. O meu caminho é e sempre vai ser reto. Paguei um preço alto por isso. Eu não tenho medo de dizer 'te amo' simplesmente porque aprendi a sentir 'te amo'. Eu amo tantas coisas. Amo o aconchego das casas e da maneira como os pés se procuram debaixo das cobertas. Amo o toque dos dedos sobre a pele e as letras de Nando Reis. Amo o som da rima, o cheiro de terra molhada, o motivo do riso, não a risada.

Amo os homens. Não pelo o que ele tem de sagrado ou profano, mas pelo seu instinto protetor. Amo meus textos e os que ainda não li, nem escrevi. Amo a textura do cabelo do meu irmão. Amo o estilo da minha irmã. Amo meu pai por seu andar misterioso. Amo minha mãe por sua meninice. Amo pessoas! Amo as pessoas que me ensinam coisas.

Eu sou uma máquina de amar e quem não o consegue ver, sentir, entender isso... azar!