3.9.08

Apaixonar-me


Estava querendo sentir por alguns segundos presa a minha respiração, aproveitando o curto e interminável segundo que antecede a realização dos meus desejos. Reconhecer as expressas palavras que preciso ouvir e os encontros em que eu gostaria de estar presente. Tenho enorme vontade de, num tom que é pouco de euforia, timidez e emoção, responder a um esperado 'alô'; de sentir as minhas pernas tremendo e meu coração tão acelerado diante de possibilidades iminentes. Quero meu rosto sorrindo; um sorriso surpreso diante de uma declaração de carinho no meio da tarde. Minha mão quer outra mão junto à ela, quando eu mergulhar de olhos fechados nas páginas brancas de uma nova história.

Alex Band e o MEU coração (junho/08)

31.8.08

Queria ter o molde mais perfeito, sem precisar usar espartilhos para amenizar todas as pequenas (grandes) imperfeições; mas, enquanto escondo-me atrás dessas farsas e mentiras, decepciono papai e mamãe.

30.8.08

Vai passar


Vai passar essa vontade de estar na praia quando eu estou no computador, de estar no computador quando estou vendo filmes, de ver filmes quando estou dormindo, de dormir quando tenho que acordar, de acordar quando eu estou sonhando mais do que posso, de sonhar quando estou com os pés no chão. Vai passar essa mania de pensar demais e viver de menos, de desejar demais e fazer de menos, de alternar a expectativa pelo que talvez nunca aconteça e a ilusão de descobrir o gosto que vai me trazer de volta a água na boca. Vai passar a minha angústia que tento amenizar com chocolates, a minha ansiedade revelada no meu esmalte descascado.
Vai passar essa vontade de dormir quando estiver na aula, de estar na aula quando estiver fazendo prova, de fazer prova quando estiver fazendo amanhã o enem.

16.8.08

Os (quase) imbatíveis


"Ainda não acabou, não sou imbatível, ninguém é imbatível, todo mundo pode ser vencido" - disse Michael Phelps. É, eu devia ter usado essa frase como incentivo para o jogo contra o Santa Mônica, na semana passada. Na verdade, não só no de semana passada, mas sim, em todos os jogos que eu já joguei (e perdi) contra ele. Porém, é ser muito utópico acreditar que eu podeira vencer o time que é o campeão do Intercolegial há sete anos seguidos; assim como é muita humildade de Phelps achar que vai perder alguma prova, depois de conseguir sete ouros, em uma única olimpíada, e quebrar todos os recordes mundiais.

Papai sempre me falou: "se você não acreditar em você, quem vai acreditar?"; sempre concordei com ele, mesmo não aplicando os devidos ensinamentos na minha vida; nunca fui muito de acreditar que o impossível pode acontecer (como a derrota do Brasil na Liga Mundial de vôlei). Para mim, existem os imbatíveis, os melhores e o resto; talvez eu me inclua nos 'melhores', mas só talvez. Se Giba, até ontem, era o melhor do mundo (leia-se: imbatível) e, hoje, já não se sabe mais, como vou te dizer que eu estou classificada como 'melhor'?

Estou na véspera de disputar o bronze do Intercolegial e quero acreditar que sou a melhor; que meu time é o melhor. Meu pai, no café da manhã, disse: "quando se entra em quadra, ambos os times têm iguais chances de ganhar", mas, papai, mesmo quando se trata do Santa Mônica? Amanhã o jogo não é contra ele, contudo, "ambos os times têm iguais chances de ganhar" e, por não disputar uma medalha desse campeonato há 3 anos, me dá um friozinho na barriga e um medo de despedir-me da equipe sem conseguir, ao menos, essa medalha. Sinto-me como o Gustavo da seleção brasileira de vôlei, que, depois de treinar anos (e ganhar várias medalhas), sentiu não ter cumprido o seu devido papel na Liga, e, agora, seu último campeonato como jogador da seleção, corre o risco de sair sem a medalha dourada no pescoço. Eu, como pivô-ala-armadora-e-capitã do time de basquete, mais do que ninguém, devia ter dado força e incentivo à minha equipe para ganhar dos imbatíveis (já que até para o gostosinho do Phelps: todo mundo pode ser vencido); mas nunca é tarde pra isso; amanhã, vou pôr em ação todos os ensinamentos do papai, do Alex e do Phelps e, aí sim, vou dar adeus à equipe com meu dever cumprido. Que venha o nosso bronze - e mais um ouro pra Phelps!!

12.8.08

A grande fila


Vejo e revejo os videos do show do Alex Band no Rio. Não me canso. Na verdade, não me muda nada; empolgo-me com as músicas, com os simpáticos gestos do loiro durante a performance e lembro de cada detalhe, mas não me muda nada. Lembro-me de como foi a espera por esse grande dia; e lembro-me que foi tão igual quanto a espera do primeiro show; tenho certeza que vai ser a mesma para o próximo. E isso não me muda nada. De fato, estou sempre esperando por um graaaaande acontecimento. Conto os dias e as horas, fico ansiosa, nem como direito (ou como direito até demais) e quando o tal dia chega, tudo acontece conforme todas as minhas expectativas e, no dia seguinte, - além de nada mudar!! - já começo a contagem para o próximo graaaande evento. E, então, quando vou ser feliz de fato?

Estou sempre esperando pelo show da minha vida, pela viagem da minha vida, pelo ano da minha vida, pelo carnaval da minha vida, pelas férias da minha vida, pelo amor da minha vida, quando, na verdade, a vida acontece entre um final de semana e o outro, entre uma festa e a outra, entre um amor e outro, entre um show e o outro. Vivo na ilusão de que um grande dia vai chegar e tudo vai mudar... Vivo em função dessa data e, enquanto nada acontece (e nada muda), vou empurrando com a barriga; vou levando a vida naquele colégio mais ou menos, indo aquela festa mais ou menos, ficando com um carinha mais ou menos; frequentando os mesmos lugares, com as mesmas pessoas e com os mesmos prazeres.

Sei que conto os segundos para próximo grande show do Alex Band e deve ser por isso que não me canso de assistir os mesmos videos. Talvez eu deva viver na expectativa de que o grande show vai acontecer, vivendo nessa sensação de que estou sempre numa fila e que sempre tem o próximo. Contudo, também devo viveeeeer nessa fila; curtir o sol, ir ao cinema, comer chocolate sem culpa, trabalhar naquilo que gosto, quebrar a rotina (!!!); conhecer outras pessoas, outros lugares, outros prazeres. Viver!

6.8.08

Um novo molde

Poderia começar esse post apresentando-me; falando meu nome, minha idade, meus desejos e anseios. No entanto, eu realmente não sei se queria me chamar Layanne; e também acho que não queria ter os meus 17 anos. Para ser sincera, eu nem sei o que eu desejo; ora quero ser a estilista mais famosa do mundo, ora quero ter o príncipe Harry aos meus pés, ora quero apeeenas passar de ano. Talvez, se eu desejasse isso tudo junto e com uma incrível força, isso poderia vir a acontecer. E, quem sabe, até já não tenha mais os meus 17 anos (tirando o 'passar de ano', porque se eu não passar aos 17, acho que não passo dos 17 também) e ao meu nome seja acrescentado os belíssimos 'Charles Albert David Windsor'. Isso está parecendo uma adolescente em crise, mas então a minha crise começou láááá pelos 10 anos. Se ler os meus antigos blogs, é capaz de ter as mesmas lamentações (então, não me peçam os endereços para não estragar esse blog!). E que venha mais um blog!


Sejam bem vindos!