16.8.08

Os (quase) imbatíveis


"Ainda não acabou, não sou imbatível, ninguém é imbatível, todo mundo pode ser vencido" - disse Michael Phelps. É, eu devia ter usado essa frase como incentivo para o jogo contra o Santa Mônica, na semana passada. Na verdade, não só no de semana passada, mas sim, em todos os jogos que eu já joguei (e perdi) contra ele. Porém, é ser muito utópico acreditar que eu podeira vencer o time que é o campeão do Intercolegial há sete anos seguidos; assim como é muita humildade de Phelps achar que vai perder alguma prova, depois de conseguir sete ouros, em uma única olimpíada, e quebrar todos os recordes mundiais.

Papai sempre me falou: "se você não acreditar em você, quem vai acreditar?"; sempre concordei com ele, mesmo não aplicando os devidos ensinamentos na minha vida; nunca fui muito de acreditar que o impossível pode acontecer (como a derrota do Brasil na Liga Mundial de vôlei). Para mim, existem os imbatíveis, os melhores e o resto; talvez eu me inclua nos 'melhores', mas só talvez. Se Giba, até ontem, era o melhor do mundo (leia-se: imbatível) e, hoje, já não se sabe mais, como vou te dizer que eu estou classificada como 'melhor'?

Estou na véspera de disputar o bronze do Intercolegial e quero acreditar que sou a melhor; que meu time é o melhor. Meu pai, no café da manhã, disse: "quando se entra em quadra, ambos os times têm iguais chances de ganhar", mas, papai, mesmo quando se trata do Santa Mônica? Amanhã o jogo não é contra ele, contudo, "ambos os times têm iguais chances de ganhar" e, por não disputar uma medalha desse campeonato há 3 anos, me dá um friozinho na barriga e um medo de despedir-me da equipe sem conseguir, ao menos, essa medalha. Sinto-me como o Gustavo da seleção brasileira de vôlei, que, depois de treinar anos (e ganhar várias medalhas), sentiu não ter cumprido o seu devido papel na Liga, e, agora, seu último campeonato como jogador da seleção, corre o risco de sair sem a medalha dourada no pescoço. Eu, como pivô-ala-armadora-e-capitã do time de basquete, mais do que ninguém, devia ter dado força e incentivo à minha equipe para ganhar dos imbatíveis (já que até para o gostosinho do Phelps: todo mundo pode ser vencido); mas nunca é tarde pra isso; amanhã, vou pôr em ação todos os ensinamentos do papai, do Alex e do Phelps e, aí sim, vou dar adeus à equipe com meu dever cumprido. Que venha o nosso bronze - e mais um ouro pra Phelps!!

Um comentário:

joca disse...

pais sempre têm lições de moral pra ensinar né? e quando tem esporte no meio então...
tinha pensado em fazer um texto sobre o phelps também
beijos e quero ver o bronze amanhã, hein ;)